A vida é mesmo uma coisa curiosa. Vivemos, amamos, sofremos, choramos, rimos e uma série de outras tantas coisas. Às vezes transformamos nossas falhas em crimes homéricos, enquanto, outras vezes, nem sequer reconhecemos as vitórias que são resultantes do nosso agir.
Deveríamos, mesmo, ser responsabilizados pelo insucesso do que fazemos? Fico espantado com a severidade e a presteza com que somos julgados e acusados por viver, por sobreviver.
Encurralados por nosso próprio mundo, somos obrigados a encarar a dura realidade de uma sociedade doentia e opressora. Somos unicamente acusados pela responsabilidade de nossas lamúrias. As pessoas não se importam se você teve uma história difícil e que, atualmente, teve que se virar para conseguir fazer o que tem feito. Tem vezes, que aquilo que fizemos meio torto, é o que, naquele momento, conseguimos fazer de melhor. Mas, quem se importa, não é mesmo?
Talvez nos identifiquemos com a vítima, entretanto, vamos deixar a hipocrisia de lado. Quantas vezes, nós, julgamos e apunhalamos nossos semelhantes? Há, de fato, alguma salvação? Há alguma forma de mudar esse ciclo que, quando não sou atacado, sou eu mesmo o atacante?
Tolerância, meus caros. Sinto tanta falta de tolerância que me desespero. Aprender a tolerar é, deveras, fundamental para conviver em paz com outras pessoas.
Como diagnosticar uma sociedade doentia, egoísta e coercitiva? Como, no meio de tudo isso, ter clareza de nossos valores e desejos? Até onde o que sentimos é nosso e até onde é tudo de outras pessoas?
O que é meu e o que é do outro?